sexta-feira, 17 de julho de 2009

A Arte de se Convencer, de Raymond Boudon

Apesar de ter tomado a “vacina dos velhos”, gripei. Fiquei um dia acamado, longe do trabalho. Visto por um certo ângulo, bendito dia! - avancei três capítulos na leitura do livro L'art de se persuader – des idées douteuses, fragiles ou fausses, de Raymond Boudon (A arte de se convencer – idéias duvidosas, frágeis ou falsas). Que eu saiba, não há tradução no Brasil. Boudon, pela sua importância como metodólogo das ciências sociais e pela sua interpretação fina e aguçada dos clássicos da Sociologia, é muito pouco conhecido na universidade brasileira. Pouquissimamente reverenciado entre nós. Lamentável. Francês, Boudon não é cativo da sociologia francesa, embora seja hoje, entre os vivos, talvez o maior intérprete de Durkheim e de Alexis de Tocqueville. Ele conhece com enorme profundidade, de leituras no original, a sociologia alemã e a americana (dá aulas na Alemanha e nos Estados Unidos), além da italiana, através de sua original leitura de Pareto. E, fato raríssimo entre sociólogos, possui grande cultura matemática. Num tempo de intenso culto ao irracionalismo, cultivado nos nossos cursos de pós-graduação, certamente Boudon é um estranho no ninho.

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